Em 2016, a cada duas horas e meia, uma mulher sofreu estupro coletivo no Brasil. O número aponta para uma triste realidade, que vai de encontro às conquistas obtidas por elas no mercado de trabalho. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, os casos de abuso tiveram um aumento de 124% nos últimos cinco anos.
A pesquisa avaliou as ocorrências registradas pelas unidades de saúde em todo o país. Somente em 2016, foram mais de 3.500 casos. Em termos percentuais, as unidades da Federação com maior índice de estupros coletivos por habitante são Acre, Tocantins e Distrito Federal. Em 2016, houve mais de quatro casos para cada 100 mil moradores nesses locais.
Por outro lado, os menores índices desse tipo de crime pertencem aos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Sergipe e Bahia. Neles, o Ministério da Saúde registrou menos de um estupro coletivo a cada 100 mil habitantes.
Ainda com base em 2016, outro levantamento sinaliza a gravidade da questão. Dados do Foro Brasileiro de Segurança Pública indicam que 22% das mulheres brasileiras sofreram alguma ofensa verbal, 10,5% sofreram alguma ameaça de violência física e 8% registraram que sofreram de alguma ofensa sexual. Contudo, os percentuais não refletem fielmente a realidade, pois muitas mulheres não chegam a fazer denúncia.
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